13 de dez. de 2014

Terapia com sanguessugas
As sanguessugas pertencem à família das minhocas (anelídeos). Existem mais de 300 tipos de sanguessugas, dos quais o Hirudomedicinalisé o mais conhecido.


Quando está faminta — isto é, quando é aplicada no doente — a sanguessuga pesa de um a três gramas e tem de quatro a oito centímetros de comprimento. Quando está satisfeito e repleto de sangue, o animal aumenta de quatro a cinco vezes o seu volume. Isso é possível, porque ele armazena grande quantidade de sangue em seu estômago, como provisão.

A sanguessuga tem um corpo chato, com um sugador em ambas as extremidades, para se prender. Sua cor é marrom escuro, até preto, e no meio das costas tem um risco esverdeado. Ela pode viver até 27 anos. O sangue assimilado pela sanguessuga, liqüefeito pela Hirudina, é digerido entre 5 e 18 meses, durante os quais ela não precisa de alimento.

Na terapia foi usada, e é utilizada ainda hoje com sucesso, para problemas do sistema venoso, onde existe excesso de sangue, onde existe congestão no tecido e para a rápida melhoria de um hematoma. Enquanto a terapia com sanguessugas era muito comum, hoje infelizmente é utilizada por pouquíssimos terapeutas e recusada por pacientes que sentem nojo.


Sanguessugas se fixam pelas extremidades, sugam até esgotarem sua capacidade e se soltam quando estiverem cheias de sangue.
O terapeuta pode colocar o animal exatamente no lugar onde deve realizar o seu trabalho benéfico; ali a sanguessuga se prende e não muda um centímetro de lugar, até estar gorda e cair sozinho numa vasilha.


A terapia com sanguessugas ajuda em casos de:

  • dores de cabeça e enxaqueca
  • sinusite
  • neuralgias
  • hematomas (a forma clássica de usá-los)
  • ulceras varicosas
  • pressão alta
  • asma e bronquite
  • inflamações e furúnculos
  • reumatismo, gota, artrite
  • herpes-Zoster
  • doenças por fungos
  • defesa imunológica enfraquecida
  • doenças do fígado
  • doenças do ouvido
  • depressão
  • problemas pós cirúrgicos
  • problemas na menopausa
Um pouco de história: 

Já nos documentos antigos de medicina da Índia existem, em sânscrito, trechos que descrevem detalhadamente a técnica do uso de sanguessugas.

Nikander de Colophon, que viveu de 200 a 130 antes de Cristo, foi o primeiro que na medicina grega aplicava sistematicamente as sanguessugas.

Na medicina árabe, as sanguessugas aparecem regularmente como terapias.

Nos séculos 17 e 18, as sanguessugas são mencionados e usados freqüentemente. O cirurgião de guerra, Pringle (1754), confirmou a utilidade da aplicação, de imediato, 6 a 7 s. nas têmporas em casos de meningite e febre acompanhada de congestão e dor de cabeça. O cirurgião mais famoso do exército prussiano recomendou, em 1776 a aplicação de 6 a 8 s. nas pálpebras, em caso de infecção grave nos olhos.

Uma descrição detalhada e sistemática do emprego de s., baseada em ampla experiência prática, encontramos na escola do médico alemão Hufeland (1762 – 1836). Para ele, as s. são um meio importante de combater todas as infecções agudas nos olhos, ouvidos, no cérebro, em casos de difteria, bem como em casos de infecção do pulmão, do fígado, da bexiga, do baço, do estômago, do intestino, dos rins, dos órgãos sexuais, das veias e articulações e até em casos de peritonite.
Na Rússia, Polônia, Romênia, França e o no Oriente, ainda são bastante usados, no início do século 20, pelos práticos e na medicina popular.

O médico, Dr. Kepelner, que trabalhava nos sanatórios de Mean e Marienbad, afirmou: “Recém-formado, trabalhei em pequenos hospitais da Polônia, onde presenciei tantos sucessos com a s., que essa terapia para mim se tornou óbvia. Fiquei admirado, ao trabalhar mais tarde em clínicas em Viena e Berlim, que essas medidas e seu efeito eram completamente desconhecidos. Presenciei como doenças — que como jovem médico via regularmente responder de forma excepcional a essa medidas simples — resistiam, nas clínicas, muitas vezes a todas as terapias modernas. Em minha clínica particular voltei, mais tarde, à essas medidas antigas.”

Em sua monografia “A Terapia com S” (1935), o DrBohenberg descreve o sucesso extraordinário em casos de tromboflebite, hemorróidas, nódulos linfáticos com pús, inflamações das amigdalas, otite média aguda e angina. Ele também conseguiu curar, com rapidez, grandes furúnculos e, por meio das s., além de casos de pericardite, pneumonia, infecção da vesícula, apendicite aguda, reumatismo e artrite.

Além disso, ele descreve casos de concussão cerebral, AVC, e , finalmente, a melhoria em casos de esclerose múltipla, de depressão, esquizofrenia e catatonia.

A aplicação das s. descrita pelo Dr. Bohenberg

A farmácia fornece, na Alemanha, as s. em um pequeno recipiente de gargalo amplo, com água fresca não clorada. Antes da aplicação, a água é trocada, o que torna as s. mais vivas. O local da aplicação é limpo com água e sabão, sendo contra-indicada a desinfecção com álcool, éter ou sabonete perfumado, pois nesse caso a s. não pega. É possível aplicar cada s. individualmente no local desejado, por meio de um copo de licor.

Quando a s. pegou, deixamos sugar até estar cheia e cair por si só. Desta forma, aumenta 4 a 5 vezes o seu volume, no decorrer de meia a uma hora. Para retirar a s. antes de ela cair, cobrimos com um pouco de sal. A s. suga aproximadamente 5 a8 g de sangue. Somando o volume de sangue que escorre após a caída da s., obtemos, para cada s., segundo o local do corpo, o triplo de sangue.
Não é aconselhável reutilizar a sanguessuga!

Muito importante para o efeito curativo é o sangramento da ferida após a queda da s. Segundo o estado do paciente, podemos deixar o sangramento continuar durante 4 a 12 hs (eventualmente ainda mais).

O ideal é colocar as ss. de manhã cedo e ficar controlando o paciente durante o dia, até mais tarde à noite — para evitar eventual colapso em pessoa muito fraca.

Cobrimos a mordida com algodão, que trocamos com freqüência.
A quantidade de ss varia de 1 a 20, segundo a doença, a localização, idade e o estado do doente.


Sanguessugas criados devem ser mantidos em aquários apropriados. Cuide para evitar a incidência de raios solares.
Contraindicações

Com toda razão, o Dr. Bohenberg desaconselha a aplicação de SS quando o doente é hemofílico, anêmico ou raquítico. Também aconselha muito cuidado quando o doente toma medicamentos que contenham mercúrio. Também quando existem gangrena do diabético e precárias condições de cicatrização, a aplicação da ss. é problemática.
Tirando a dor: um remédio antigo com nova aplicação
Há 10 anos, muitos médicos carregavam ss.em suas maletas. As ss. eram muito valiosas para controlar coágulos de sangue, porque a sua saliva contém um anticoagulante.


Hoje, normalmente, se usam medicamentos anticoagulantes, embora as vezes as ss. ainda sejam aplicadas em casos de coagulação pós-operatória. A saliva das ss. contém ainda outra substância que capacita o animal a extrair o máximo de sangue de seu hospedeiro — isto é, um anestésico.

Um grupo de cientistas na Universidade de Duisburg – Essen, na Alemanha, fez uma pesquisa para verificar se esse fator pode ajudar a aliviar a dor nas articulações afetadas por artrite. Escolheram 51 pessoas sofrendo de osteo-artrite do joelho. A metade dessas pessoas recebeu, duas vezes ao dia, o medicamento diclorofeno, aplicado no joelho. Os demais foram tratados com ss., aplicando quatro a seis ss. ao joelho, até se soltarem satisfeitas, após cerca de uma hora.

A terapia com ss. obteve resultado bem melhor e trouxe benefícios mais prolongados, ao reduzir a rigidez e melhorar a função da articulação. Isso ocorre provavelmente porque a saliva da s. — além de mitigar a dor — atua como agente antinflamatório.

Também existem documentos que descrevem a aplicação de ss. em casos de derrame (AVC). Nestes casos, ocorre um inchaço na caixa craniana que responde à s. devido ao seu efeito descongestionante. Tanto em casos de isquemia, como para pacientes com distúrbios do movimento e de fala, durante meses, a terapia com ss. provocou melhoria admirável. 
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Fontes: “Blutegel-Therapie — Den Körperentgiften” de Peter Pukownik, 1998
  “Technik der Konstituitioustherapie” de Bernard Aschner, 1995
  “The Economist”, novembro 15, 2003


Por: Alison Rodrigues


http://www.taps.org.br/Paginas/terartigo12.html

Mais Curiosidades

Curiosidades sobre as sanguessugas

7 de dez. de 2014

Exercícios

Características Gerias dos Anelídeos.

Estas perguntas tem por objetivo auxiliar no aprendizado do conteúdo relacionado ao tema Características Gerias dos Anelídeos.

1- Qual a principal características do Filo dos Anelídeos?
2- Como é chamada a respiração das minhocas?
3- Encontramos na superfície externa de algumas espécies, na cutícula epidérmica, existem pequenos pelos (cerdas) que dão sustentação durante a locomoção?
4- A reprodução é............. sendo algumas espécies monóicas com fecundação cruzada (minhocas).
5- Como é conhecido as fezes das minhocas comercialmente?
6- Como chama-se a região mais espessa dos oligoquetas onde o casulo de muco é produzido?
7- Qual a classe dos Anelídeos que possuem animais com gêneros separados?
8- Qual a a classe dos Anelídeos que possuem ventosas no corpo?
9- Como são chamadas as projeções finas e cheias de sangue, responsáveis pela respiração dos poliquetas?
10- As minhocas  possuem os dois gêneros num único indivíduo, são chamadas de ..............


Banco de Respostas:

1. anelado, 2. cutânea, 3. cerdas, 4. sexuada, 5. húmus, 6. clitelo, 7. poliquetas, 8. hirudíneos, 9. brânquias, 10. hermafroditas
   
   
 Por Evilane Nunes
     
 Referências:
 www.imagem.eti.br/palavras-cruzadas/palavras-cruzadas-anelideos-educa...
 
 
 
 
 
 

   

Curiosidades sobre Anelídeos



- Existem anelídeos de diversos tamanhos, variando entre 1 milímetro e 3 metros de comprimento.

- A palavra anelídeo deriva do latim, onde annellus significa anel.

- A minhoca, um dos anelídeos mais conhecidos, é um animal hermafrodita (possui órgãos masculino e feminino no corpo). 

Anelídeos: 
As minhocas são excelentes bioindicadores da qualidade do solo. Como elas se alimentam de organismos presentes na terra podem ser usadas pra medir os níveis de poluição do solo causados por inseticidas. 







Os anelídeos da classe poliquetos são, muitas vezes, canibais.










As sanguessugas produzem uma substância chamada hirudina, que impede a coagulação do sangue e faz também com que a presa não sinta dor quando é atacada por esse animal.








As sanguessugas pode também ser usadas para tratamento medicinal devido à essa substância.







O habitat dos anelídeos pode ser desde mares e oceanos quanto água doce e terra úmida.










Os anelídeos respiram pela pele (respiração cutânea).



Curiosidades por: Evilane Nunes



Fontes:

http://www.prilabsa.com/portugues/images/productos/LARVAS-poliquetos-m.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/21/Nereis.gif
http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/wp-content/uploads/2013/07/minhoca120703.jpg
http://www.mdig.com.br/imagens/bichos/sanguessuga_01.jpg
http://diariodebiologia.com/files/2011/04/pijawki02.jpg
http://farmavett.blogspot.com.br/2011/01/para-que-servem-os-sanguessugas.html



Testando Os Conhecimentos...

Exercícios

1)  Sobre as minhocas, marque a alternativa correta:

a) Apresentam reprodução assexuada e são animais monóicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto;

b) Apresentam reprodução sexuada e são animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento direto;

c) Apresentam reprodução sexuada e são animais monóicos, com fecundação cruzada e desenvolvimento indireto;

d) Apresentam reprodução sexuada e são animais monóicos, com fecundação externa e desenvolvimento direto;

e) Apresentam reprodução sexuada e são animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto.

2) A excreção das minhocas e dos outros anelídeos é realizada por um par de órgãos chamados de:

a) Metanefrídios;
b) Nefridióporos;
c) Prostômio;
d) Tiflossole;
e) Clitelo.


3) Marque a alternativa incorreta:

a) Os animais da classe Poliqueta possuem o corpo repleto de cerdas implantadas em estruturas chamadas de parapódios;

b) Os animais pertencentes à classe Hirundínea não têm cerdas nem parapódios, e o seu corpo é ligeiramente achatado dorsoventralmente;

c) Os anelídeos possuem digestão extracelular e tubo digestório completo;

d) As minhocas armazenam os alimentos em seu estômago, para depois triturá-los na moela;

e) O sistema nervoso dos anelídeos é constituído por um par de gânglios cerebrais, localizados dorsalmente sobre a faringe; e por dois cordões nervosos ventrais, com um par de gânglios por metâmero.


Respostas
Questão 4 - Letra D
Todos os animais pertencentes ao filo Annelida apresentam reprodução sexuada. Nesse caso, as minhocas (classe Oligocheta) e sanguessugas (classe Hirundínea) são animais monóicos, com fecundação externa e desenvolvimento direto.

Questão 5 - Letra A

a) Certa. A excreção das minhocas e dos outros anelídeos é realizada por um par de metanefrídios. Existe um par de metanefrídios em cada segmento corporal dos anelídeos.

b) Errada. Os nefridióporos são órgãos que eliminam as excreções recolhidas pelos metanefrídios.

c) Errada. O prostômio é uma projeção musculosa equivalente a um lábio, que o animal utiliza para cavar.

d) Errada. A tiflossole é uma prega longitudinal encontrada na parte superior do intestino, que aumenta a superfície de absorção do alimento.

e) Errada. O clitelo é uma estrutura formada pelo tegumento de alguns segmentos e tem função importante na formação do casulo, dentro do qual ocorre a fecundação dos óvulos.
   
Questão 6 - Letra D
A alternativa D está errada porque as minhocas armazenam os alimentos no papo, para depois encaminhá-los à moela, onde serão triturados.

Exercícios por: Evilane Nunes

Referência: brasilescola.com

Vamos Revisar Cantando?

                             
Paródia

Hoje eu preciso estudar um anelídeo
Nem que seja só aquela oligoqueta
Com poucas cerdas e tal
Olhar no interior do sangue e ver hemoglobina
Mas não tem nenhuma hemácia ali, sem hemácia ali.
Ver a poliqueta se arrastar, utilizando seus parapódios
Tem também as suas brânquias para respirar.
Hoje eu preciso ver aquela sanguessuga
Liberando anestésico que é a sua hirundina, não coagula.
Hoje eu preciso estudar os anéis, do metanefrídio lembrar.
Perceber que anelídeo é um animal que tem metameria
Artrópodes, cordados sempre. Sempre.
Hoje preciso de você pra fertilizar óvulo em casulo.
Hoje, tem oligoqueta, hermafrodita sim. Clitelo.

Paródia por: Evilane Nunes


Referência:
https://ptbr.facebook.com/biopapo

3 de dez. de 2014

Classes


CLASSE ARCHIANNELIDA

Inclui pequenos verme que vivem ao longo das praias marinhas. Possuem o corpo cilíndrico com segmentação externa pouco nítida; geralmente não apresentam parapódios, nem clitelo.
No prostômio encontramos um par de tentáculos, palpos e olhos. São pequenos e geralmente dióicos, possuindo numerosas gônadas. A fecundação é externa e o desenvolvimento é indireto, apresentando uma larva trocófora. Como característica da classe pode ser citado o sistema nervoso, que é formado por um cordão ventral simples ou duplo, mas que possui gânglios.
Poligordius e Chaetogordius são os gêneros mais conhecidos.





CLASSE POLYCHAETA

São verme marinhos distintamente segmentados, apresentando na porção anterior do corpo uma cabeça nítida com apêndice sensitivo (tentáculos), e ao longo dos metâmeros numerosas cerdas implantadas em um par de parapódios laterais.
Os sexos são separados, com fecundação externa fundindo-se óvulos e espermatozóides na água do mar. A evolução é indireta com um estágio larval trocófora de natação livre.
Neanthes (Nereis) virens é o principal representante, chegando á atingir até 45 cm de comprimento. Vivem embaixo de pedras, próximo a linha da maré baixa.
Obs. - Alguns poliquetos podem também viver em buracos temporários ou em tubos permanentes secretados pelo próprio animal. Caranguejos comensais são freqüentemente encontrados habitando esses tubos.


Morfologia Interna:


CLASSE HIRUDINEA
São vermes de água doce, mais conhecidos como sanguessugas. Vivem principalmente em brejos, sendo ectoparasitas hematófagos ocasionalmente do homem e dos animais domésticos.

Na medicina foram antigamente usados para pequenas sangrias pois contém um anticoagulante nas glândulas salivares, produzindo assim hemorragias de difícil hemóstase.
O animal apresenta o corpo alongado ou oval é geralmente achatado dorso-ventralmente. Nas duas extremidades do corpo notam-se as ventosas, a posterior é maior e arredondada. Locomovem-se por movimentos sinuosos do corpo como uma lagarta-mede-palmos, isto é, ela fixa-se pela ventosa posterior, distende o corpo no máximo, fixando a ventosa anterior, deslocando a posterior, aproximando-a e fixando-a logo atrás da anterior, repetindo-se seguidamente o processo.
Ex. Hirudo medicinalis

Obs. - As sanguessugas possuem uma enzima salivar denominada hirudínea que impede a coagulação do sangue, podendo este, ser conservado no papo do animal por mais de três meses, sendo lentamente absorvido de acordo com as necessidades alimentares.


CLASSE OLIGOCHAETA
A minhoca (Pheretima hawayana) é o exemplo mais conhecido, e apresenta as seguintes características externa:

> Possui corpo cilíndrico e alongado, afilando nas extremidades.
> Lado dorsal, normalmente mais exposto.
> Apresenta cor de tonalidade marrom, com reflexos violeta.
> No lado ventral apresenta cor mais clara, chegando a tonalidade semelhante ao branco leitoso.
> Corpo de aparência segmentada (pequenos anéis, o adulto pode apresentar de 88 a 97 segmentos), varia de acordo com a idade.
> Apresenta zona de crescimento próximo da extremidade posterior.
> Não apresenta cabeça diferenciada.
> No primeiro seguimento encontramos ventralmente a boca, protegida por pequeno lóbulo denominado prostômio.
> No ultimo seguimento encontramos o ânus, em forma de fenda vertical.
     
Em animais sexualmente maduros, os segmentos XIV à XVI espessa-se devido ao desenvolvimento de células glandulares em sua parede, formando um anel mais claro, o clitelo, que é responsável pela formação do casulo que envolve os ovos. Baseado no clitelo podemos distinguir três regiões no corpo da minhoca:
> Região pré-clitelar
> Região clitelar
> Região pós clitelar

No meio de cada segmento, exceto no primeiro e último, encontramos uma série de pequenos espinhos voltados para trás, são as cerdas, que desempenham importante função locomotora.
Além do ânus e da boca, o corpo apresenta as seguintes aberturas:
> Aberturas genitais masculinas - são duas, situadas logo após p clitelo, na face ventro-lateral do segmento XVIII. Um grupo de duas a três papilas copuladoras ou genitais que são responsáveis pela fixação dos indivíduos no momento da cópula.

> Abertura genital feminina - é um pequeno orifício situado na face ventral do clitelo, logo após sua margem anterior, na altura do segmento XIV.

> Poro dorsal - é uma série de pequenas aberturas nos sulcos intersegmentares, ligado a cavidade do corpo com o meio externo, iniciam-se nos sulcos 10 e 11 e vão até o ultimo segmento.

> Nefrideóporos - são pequenas aberturas localizadas lateralmente na maioria dos segmentos e que tem como função excretar.

Exemplo de Olichogaetas:
> Pheretima hawayana - minhoca comum de jardim (10 cm de comprimento).
> Glossoscolex paulistus - minhocossu, freqüentemente chamado de cobra (um metro de comprimento).
> Lumbricus terrestris - minhoca grande da Europa e leste da América do norte, pode atingir 30 cm de comprimento.



ANATOMIA INTERNA:
Parede corpórea:
Constituída pelo músculo dermático. A epiderme, é recoberta por delgada cutícula, representada por um epitélio simples cilíndrico onde aparecem:
> Células glandulares, secretando muco;
> Células fotoreceptoras;
> Células sensoriais.
A epiderme assenta sobre a membrana basal, baixo da qual dispõem-se uma delgada camada muscular circular e outra longitudinal, bem mais espessa.



Sistema Digestivo:
Compreende uma boca ventral, uma cavidade bucal, faringe, esôfago, moela, intestino, cecos intestinais e reto.
Após os cecos, a parede dorsal do intestino se invagina formando uma prega denominada tiflossole, que tem como função aumentar a superfície de secreção e absorção. O conteúdo intestinal consiste essencialmente de terra e resíduos vegetais que lhes servem de alimento, juntamente com outros pequenos organismos do solo.

Sistema Circulatório:
O sangue é contido dentro de vasos fechados, e por isso é chamado sistema circulatório fechado. Em outros animais como insetos e crustáceos, o sangue banha livremente os órgãos internos, sendo nesse caso o sistema chamado: Sistema circulatório aberto.
Nas minhocas o sistema circulatório consta de :
Um vaso dorsal, no qual o sangue corre de trás para frente, este vaso acompanha o sistema digestivo em toda a sua extensão.
Corações laterais, representados por quatro vasos contrácteis que envolvem o esôfago e conduzem o sangue do vaso dorsal ao ventral.
Vaso ventral, localizado abaixo do intestino, que leva o sangue para trás e funciona como o principal canal distribuidor, suprindo de sangue o intestino, os nefrídeos e a parede do corpo.
O sangue da minhoca é vermelho devido a presença de pigmento conhecido como hemoglobina que ao contrário dos vertebrados acha-se dissolvido no plasma, enquanto que as células nele existente são incolor e anucleadas.

Sistema excretor:
Em cada seguimento, exceto nos dois primeiros, encontramos estruturas denominadas nefrídeos, que tem como função retirar metabólicos nitrogenados do celoma e do sangue, excretando-os através do poro excretor.
Os resíduos nitrogenados são concentrados em forma de uréia ou amônia e, eliminados para o exterior através de nefridióporos.

Sistema nervoso:
É idênticos ao dos poliquetos. Como elementos sensoriais encontramos células sensitivas e fotoreceptoras.

Sistema reprodutor:
As minhocas são hermafroditas, isto é, apresentam órgãos masculinos e femininos no mesmo indivíduos.
O sistema reprodutor masculino inclui: 2 pares de testículos, 2 pares de funis espermáticos, 2 dutos diferentes, um duto diferente ou espermioduto, um poro masculino e duas vesículas seminais.
O sistema reprodutor inclui:
> Dois ovários.
> Dois funis ovulares.
> Dois ovidutos.
> Dois pares de espermateca, onde os espermatozóides são armazenados.

Reprodução:
O acasalamento ocorre a noite e pode durar varias horas .Os dois vermes colocam-se ventre a ventre em posição inversa, isto é a extremidade anterior de um, oposta a do outro. Cada um dos poros masculinos nos dois animais eleva-se formando uma papila genital temporária muito saliente, que o animal ajusta no orifício da espermateca do conjugante. Assim os espermatozóides de um verme penetram diretamente na espermateca do outro.
Os ovos são postos em grupos, envolvidos por um casulo que lembra um pequeno fuso de cor amarela. O casulo forma-se ao redor do clitelo por secreção de suas glândulas que exposta ao ar endurece paulatinamente. No seu interior são depositados os óvulos pelo oviduto que se abre na região do próprio clitelo, e ao passar pelas espermatecas recebe espermatozóide que vão fecundar os óvulos.

A medida que o verme retrai do tubo, o casulo fecha as duas extremidades ao se libertar do corpo do verme e é depositado em terra úmida.
As minhocas tem grande importância econômica para homem. A medida que ela cava através do solo, forma galerias na s quais maior a aeração e drenagem . Isso permite que ocorra atividades químicas no solo em ritmo mais que de outra forma. Além disso as minhocas comem terra que por ser muito dura não pode ser empurrada para os lados. A medida que aterra passa pelo sistema digestivo do verme, vários materiais são digeridos ou decompostos em forma s mais simples. Pelas suas varias atividades no solo , a minhoca apressa a decomposição de matéria morta, aumentando assim sua fertilidade. 


Texto por: Isadora Baroni


Referencia;
Prof. Regis Romero