Blog Formulado pelos Alunos do 4º Período de Licenciatura em Ciências Biológicas IFTM Campus Uberaba - Unidade I Trabalho de PPCC - Matéria de Zoologia dos Invertebrados II Docente: Daniela. Discentes: Alisson Rodrigures, Evilane Nunes, Isadora Baroni, Marines Cardoso, Ranielle Cristina. 2º Semestre 2014.
17 de dez. de 2014
13 de dez. de 2014
Terapia com sanguessugas
As
sanguessugas pertencem à família das minhocas (anelídeos). Existem mais de 300
tipos de sanguessugas, dos quais o Hirudomedicinalisé o mais conhecido.
Quando está faminta — isto é, quando é aplicada no doente — a sanguessuga pesa
de um a três gramas e tem de quatro a oito centímetros de comprimento. Quando
está satisfeito e repleto de sangue, o animal aumenta de quatro a cinco vezes o
seu volume. Isso é possível, porque ele armazena grande quantidade de sangue em
seu estômago, como provisão.
A sanguessuga tem um corpo chato, com um sugador em ambas as extremidades, para
se prender. Sua cor é marrom escuro, até preto, e no meio das costas tem um
risco esverdeado. Ela pode viver até 27 anos. O sangue assimilado pela
sanguessuga, liqüefeito pela Hirudina, é digerido entre 5 e 18 meses,
durante os quais ela não precisa de alimento.
Na terapia foi usada, e é utilizada ainda hoje com sucesso, para problemas do
sistema venoso, onde existe excesso de sangue, onde existe congestão no tecido
e para a rápida melhoria de um hematoma. Enquanto a terapia com sanguessugas
era muito comum, hoje infelizmente é utilizada por pouquíssimos terapeutas e
recusada por pacientes que sentem nojo.
Sanguessugas
se fixam pelas extremidades, sugam até esgotarem sua capacidade e se soltam
quando estiverem cheias de sangue.
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O
terapeuta pode colocar o animal exatamente no lugar onde deve realizar o seu
trabalho benéfico; ali a sanguessuga se prende e não muda um centímetro de
lugar, até estar gorda e cair sozinho numa vasilha.
A terapia com sanguessugas ajuda em casos de:
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Um pouco de história:
Já nos documentos antigos de medicina da Índia existem, em sânscrito, trechos
que descrevem detalhadamente a técnica do uso de sanguessugas.
Nikander de Colophon, que viveu de 200 a 130 antes de Cristo, foi o primeiro que
na medicina grega aplicava sistematicamente as sanguessugas.
Na medicina árabe, as sanguessugas aparecem regularmente como terapias.
Nos séculos 17 e 18, as sanguessugas são mencionados e usados freqüentemente. O
cirurgião de guerra, Pringle (1754), confirmou a utilidade da aplicação, de
imediato, 6 a
7 s. nas têmporas em casos de meningite e febre acompanhada de congestão e dor
de cabeça. O cirurgião mais famoso do exército prussiano recomendou, em 1776 a aplicação de 6 a 8 s. nas pálpebras, em caso
de infecção grave nos olhos.
Uma descrição detalhada e sistemática do emprego de s., baseada em ampla experiência
prática, encontramos na escola do médico alemão Hufeland (1762 – 1836). Para
ele, as s. são um meio importante de combater todas as infecções agudas nos
olhos, ouvidos, no cérebro, em casos de difteria, bem como em casos de infecção
do pulmão, do fígado, da bexiga, do baço, do estômago, do intestino, dos rins,
dos órgãos sexuais, das veias e articulações e até em casos de peritonite.
Na Rússia, Polônia, Romênia, França e o no Oriente, ainda são bastante usados,
no início do século 20, pelos práticos e na medicina popular.
O médico, Dr. Kepelner, que trabalhava nos sanatórios de Mean e Marienbad,
afirmou: “Recém-formado, trabalhei em pequenos hospitais da Polônia, onde
presenciei tantos sucessos com a s., que essa terapia para mim se tornou óbvia.
Fiquei admirado, ao trabalhar mais tarde em clínicas em Viena e Berlim, que
essas medidas e seu efeito eram completamente desconhecidos. Presenciei como
doenças — que como jovem médico via regularmente responder de forma excepcional
a essa medidas simples — resistiam, nas clínicas, muitas vezes a todas as
terapias modernas. Em minha clínica particular voltei, mais tarde, à essas
medidas antigas.”
Em sua monografia “A Terapia com S” (1935), o DrBohenberg descreve o sucesso
extraordinário em casos de tromboflebite, hemorróidas, nódulos linfáticos com
pús, inflamações das amigdalas, otite média aguda e angina. Ele também
conseguiu curar, com rapidez, grandes furúnculos e, por meio das s., além de
casos de pericardite, pneumonia, infecção da vesícula, apendicite aguda,
reumatismo e artrite.
Além disso, ele descreve casos de concussão cerebral, AVC, e , finalmente, a
melhoria em casos de esclerose múltipla, de depressão, esquizofrenia e
catatonia.
A aplicação das s. descrita pelo Dr. Bohenberg
A farmácia fornece, na Alemanha, as s. em um pequeno recipiente de gargalo
amplo, com água fresca não clorada. Antes da aplicação, a água é trocada, o que
torna as s. mais vivas. O local da aplicação é limpo com água e sabão, sendo
contra-indicada a desinfecção com álcool, éter ou sabonete perfumado, pois
nesse caso a s. não pega. É possível aplicar cada s. individualmente no local
desejado, por meio de um copo de licor.
Quando a s. pegou, deixamos sugar até estar cheia e cair por si só. Desta
forma, aumenta 4 a
5 vezes o seu volume, no decorrer de meia a uma hora. Para retirar a s. antes
de ela cair, cobrimos com um pouco de sal. A s. suga aproximadamente 5 a 8 g de sangue. Somando o volume
de sangue que escorre após a caída da s., obtemos, para cada s., segundo o
local do corpo, o triplo de sangue.
Não é aconselhável reutilizar a sanguessuga!
Muito importante para o efeito curativo é o sangramento da ferida após a queda
da s. Segundo o estado do paciente, podemos deixar o sangramento continuar
durante 4 a
12 hs (eventualmente ainda mais).
O ideal é colocar as ss. de manhã cedo e ficar controlando o paciente durante o
dia, até mais tarde à noite — para evitar eventual colapso em pessoa muito
fraca.
Cobrimos a mordida com algodão, que trocamos com freqüência.
A quantidade de ss varia de 1 a
20, segundo a doença, a localização, idade e o estado do doente.
Sanguessugas criados devem ser mantidos em aquários apropriados. Cuide para evitar a incidência de raios solares. |
Contraindicações
Com toda razão, o Dr. Bohenberg desaconselha a aplicação de SS quando o doente
é hemofílico, anêmico ou raquítico. Também aconselha muito cuidado quando o
doente toma medicamentos que contenham mercúrio. Também quando existem gangrena
do diabético e precárias condições de cicatrização, a aplicação da ss. é
problemática.
Tirando a
dor: um remédio antigo com nova aplicação
Há 10 anos, muitos médicos carregavam ss.em suas maletas. As ss. eram muito
valiosas para controlar coágulos de sangue, porque a sua saliva contém um
anticoagulante.
Hoje, normalmente, se usam medicamentos anticoagulantes, embora as vezes as ss.
ainda sejam aplicadas em casos de coagulação pós-operatória. A saliva das ss.
contém ainda outra substância que capacita o animal a extrair o máximo de
sangue de seu hospedeiro — isto é, um anestésico.
Um grupo de cientistas na Universidade de Duisburg – Essen, na Alemanha, fez
uma pesquisa para verificar se esse fator pode ajudar a aliviar a dor nas
articulações afetadas por artrite. Escolheram 51 pessoas sofrendo de
osteo-artrite do joelho. A metade dessas pessoas recebeu, duas vezes ao dia, o
medicamento diclorofeno, aplicado no joelho. Os demais foram tratados com ss.,
aplicando quatro a seis ss. ao joelho, até se soltarem satisfeitas, após cerca
de uma hora.
A terapia com ss. obteve resultado bem melhor e trouxe benefícios mais
prolongados, ao reduzir a rigidez e melhorar a função da articulação. Isso
ocorre provavelmente porque a saliva da s. — além de mitigar a dor — atua como
agente antinflamatório.
Também existem documentos que descrevem a aplicação de ss. em casos de derrame
(AVC). Nestes casos, ocorre um inchaço na caixa craniana que responde à s.
devido ao seu efeito descongestionante. Tanto em casos de isquemia, como para
pacientes com distúrbios do movimento e de fala, durante meses, a terapia com
ss. provocou melhoria admirável.
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Fontes: “Blutegel-Therapie — Den
Körperentgiften” de Peter Pukownik, 1998
“Technik der Konstituitioustherapie” de Bernard Aschner, 1995
“The Economist”,
novembro 15, 2003
Por: Alison Rodrigues
7 de dez. de 2014
Exercícios
Características Gerias dos Anelídeos.
Estas perguntas tem por objetivo auxiliar no aprendizado do conteúdo relacionado ao tema Características Gerias dos Anelídeos.
1- Qual a principal características do Filo dos Anelídeos?
2- Como é chamada a respiração das minhocas?
3- Encontramos na superfície externa de algumas espécies, na cutícula epidérmica, existem pequenos pelos (cerdas) que dão sustentação durante a locomoção?
4- A reprodução é............. sendo algumas espécies monóicas com fecundação cruzada (minhocas).
5- Como é conhecido as fezes das minhocas comercialmente?
6- Como chama-se a região mais espessa dos oligoquetas onde o casulo de muco é produzido?
7- Qual a classe dos Anelídeos que possuem animais com gêneros separados?
8- Qual a a classe dos Anelídeos que possuem ventosas no corpo?
9- Como são chamadas as projeções finas e cheias de sangue, responsáveis pela respiração dos poliquetas?
10- As minhocas possuem os dois gêneros num único indivíduo, são chamadas de ..............
Banco de Respostas:
1. anelado, 2. cutânea, 3. cerdas, 4. sexuada, 5. húmus, 6. clitelo, 7. poliquetas, 8. hirudíneos, 9. brânquias, 10. hermafroditas
Por Evilane Nunes
Referências:
www.imagem.eti.br/palavras-cruzadas/palavras-cruzadas-anelideos-educa...
Curiosidades sobre Anelídeos
- Existem anelídeos de diversos tamanhos, variando entre 1 milímetro e 3 metros de comprimento.
- A palavra anelídeo deriva do latim, onde annellus significa anel.
- A minhoca, um dos anelídeos mais conhecidos, é um animal hermafrodita (possui órgãos masculino e feminino no corpo).
Anelídeos:
As minhocas são excelentes bioindicadores da qualidade do solo. Como elas se alimentam de organismos presentes na terra podem ser usadas pra medir os níveis de poluição do solo causados por inseticidas.
Os anelídeos da classe poliquetos são, muitas vezes, canibais.
As sanguessugas produzem uma substância chamada hirudina, que impede a coagulação do sangue e faz também com que a presa não sinta dor quando é atacada por esse animal.
As sanguessugas pode também ser usadas para tratamento medicinal devido à essa substância.
O habitat dos anelídeos pode ser desde mares e oceanos quanto água doce e terra úmida.
Os anelídeos respiram pela pele (respiração cutânea).
Curiosidades por: Evilane Nunes
Fontes:
http://www.prilabsa.com/portugues/images/productos/LARVAS-poliquetos-m.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/21/Nereis.gif
http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/wp-content/uploads/2013/07/minhoca120703.jpg
http://www.mdig.com.br/imagens/bichos/sanguessuga_01.jpg
http://diariodebiologia.com/files/2011/04/pijawki02.jpg
http://farmavett.blogspot.com.br/2011/01/para-que-servem-os-sanguessugas.html
Testando Os Conhecimentos...
1) Sobre as minhocas,
marque a alternativa correta:
a) Apresentam reprodução
assexuada e são animais monóicos, com fecundação externa e desenvolvimento
indireto;
b) Apresentam reprodução
sexuada e são animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento direto;
c) Apresentam reprodução
sexuada e são animais monóicos, com fecundação cruzada e desenvolvimento
indireto;
d) Apresentam reprodução sexuada
e são animais monóicos, com fecundação externa e desenvolvimento direto;
e) Apresentam reprodução sexuada e são
animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto.
2) A excreção das minhocas e dos outros anelídeos é
realizada por um par de órgãos chamados de:
a) Metanefrídios;
b) Nefridióporos;
c) Prostômio;
d) Tiflossole;
e) Clitelo.
3) Marque a alternativa incorreta:
a) Os animais da classe
Poliqueta possuem o corpo repleto de cerdas implantadas em estruturas chamadas
de parapódios;
b) Os animais pertencentes à
classe Hirundínea não têm cerdas nem parapódios, e o seu corpo é ligeiramente
achatado dorsoventralmente;
c) Os anelídeos possuem
digestão extracelular e tubo digestório completo;
d) As minhocas armazenam os
alimentos em seu estômago, para depois triturá-los na moela;
e) O sistema nervoso dos anelídeos é
constituído por um par de gânglios cerebrais, localizados dorsalmente sobre a
faringe; e por dois cordões nervosos ventrais, com um par de gânglios por
metâmero.
Respostas
Questão 4 - Letra D
Todos os animais pertencentes ao filo Annelida apresentam
reprodução sexuada. Nesse caso, as minhocas (classe Oligocheta) e sanguessugas
(classe Hirundínea) são animais monóicos, com fecundação externa e
desenvolvimento direto.
Questão 5 - Letra A
a) Certa. A excreção das
minhocas e dos outros anelídeos é realizada por um par de metanefrídios. Existe
um par de metanefrídios em cada segmento corporal dos anelídeos.
b) Errada. Os nefridióporos
são órgãos que eliminam as excreções recolhidas pelos metanefrídios.
c) Errada. O prostômio é uma projeção
musculosa equivalente a um lábio, que o animal utiliza para cavar.
d) Errada. A tiflossole é uma
prega longitudinal encontrada na parte superior do intestino, que aumenta a
superfície de absorção do alimento.
e) Errada. O clitelo é uma estrutura
formada pelo tegumento de alguns segmentos e tem função importante na formação
do casulo, dentro do qual ocorre a fecundação dos óvulos.
Questão 6 - Letra D
A alternativa D está errada porque as minhocas armazenam os
alimentos no papo, para depois encaminhá-los à moela, onde serão triturados.
Exercícios por: Evilane Nunes
Referência: brasilescola.com
Vamos Revisar Cantando?
Paródia
Hoje eu preciso estudar um anelídeo
Nem que seja só aquela oligoqueta
Com poucas cerdas e tal
Olhar no interior do sangue e ver hemoglobina
Mas não tem nenhuma hemácia ali, sem hemácia
ali.
Ver a poliqueta se arrastar, utilizando seus
parapódios
Tem também as suas brânquias para respirar.
Hoje eu preciso ver aquela sanguessuga
Liberando anestésico que é a sua hirundina,
não coagula.
Perceber que anelídeo é um animal que tem
metameria
Artrópodes, cordados sempre. Sempre.
Hoje preciso de você pra fertilizar óvulo em
casulo.
Hoje, tem oligoqueta, hermafrodita sim.
Clitelo.
Paródia por: Evilane Nunes
Referência:
https://ptbr.facebook.com/biopapo
3 de dez. de 2014
Classes
CLASSE ARCHIANNELIDA
Inclui pequenos verme que vivem ao longo das praias marinhas. Possuem o corpo
cilíndrico com segmentação externa pouco nítida; geralmente não apresentam
parapódios, nem clitelo.
No prostômio encontramos um par de tentáculos, palpos e
olhos. São pequenos e geralmente dióicos, possuindo numerosas gônadas. A
fecundação é externa e o desenvolvimento é indireto, apresentando uma larva
trocófora. Como característica da classe pode ser citado o sistema nervoso, que
é formado por um cordão ventral simples ou duplo, mas que possui gânglios.
Poligordius e Chaetogordius são os gêneros mais conhecidos.
CLASSE POLYCHAETA
São verme marinhos distintamente segmentados, apresentando na porção anterior
do corpo uma cabeça nítida com apêndice sensitivo (tentáculos), e ao longo dos
metâmeros numerosas cerdas implantadas em um par de parapódios laterais.
Os sexos são separados, com fecundação externa fundindo-se
óvulos e espermatozóides na água do mar. A evolução é indireta com um estágio
larval trocófora de natação livre.
Neanthes (Nereis) virens é o principal representante,
chegando á atingir até 45 cm de comprimento. Vivem embaixo de pedras, próximo a
linha da maré baixa.
Obs. - Alguns poliquetos podem também viver em buracos
temporários ou em tubos permanentes secretados pelo próprio animal. Caranguejos
comensais são freqüentemente encontrados habitando esses tubos.
Morfologia Interna:
CLASSE HIRUDINEA
São vermes de água doce, mais conhecidos como sanguessugas.
Vivem principalmente em brejos, sendo ectoparasitas hematófagos ocasionalmente
do homem e dos animais domésticos.
Na medicina foram antigamente usados para pequenas sangrias
pois contém um anticoagulante nas glândulas salivares, produzindo assim
hemorragias de difícil hemóstase.
O animal apresenta o corpo alongado ou oval é geralmente
achatado dorso-ventralmente. Nas duas extremidades do corpo notam-se as
ventosas, a posterior é maior e arredondada. Locomovem-se por movimentos
sinuosos do corpo como uma lagarta-mede-palmos, isto é, ela fixa-se pela
ventosa posterior, distende o corpo no máximo, fixando a ventosa anterior,
deslocando a posterior, aproximando-a e fixando-a logo atrás da anterior,
repetindo-se seguidamente o processo.
Ex. Hirudo medicinalis
Obs. - As sanguessugas possuem uma enzima salivar denominada
hirudínea que impede a coagulação do sangue, podendo este, ser conservado no
papo do animal por mais de três meses, sendo lentamente absorvido de acordo com
as necessidades alimentares.
CLASSE OLIGOCHAETA
A minhoca (Pheretima hawayana) é o exemplo mais conhecido, e
apresenta as seguintes características externa:
> Possui corpo cilíndrico e alongado, afilando nas
extremidades.
> Lado dorsal, normalmente mais exposto.
> Apresenta cor de tonalidade marrom, com reflexos violeta.
> No lado ventral apresenta cor mais clara, chegando a
tonalidade semelhante ao branco leitoso.
> Corpo de aparência segmentada (pequenos anéis, o adulto
pode apresentar de 88 a 97 segmentos), varia de acordo com a idade.
> Apresenta zona de crescimento próximo da extremidade
posterior.
> Não apresenta cabeça diferenciada.
> No primeiro seguimento encontramos ventralmente a boca,
protegida por pequeno lóbulo denominado prostômio.
> No ultimo seguimento encontramos o ânus, em forma de fenda
vertical.
Em animais sexualmente maduros, os segmentos XIV à XVI
espessa-se devido ao desenvolvimento de células glandulares em sua parede,
formando um anel mais claro, o clitelo, que é responsável pela formação do
casulo que envolve os ovos. Baseado no clitelo podemos distinguir três regiões
no corpo da minhoca:
> Região pré-clitelar
> Região clitelar
> Região pós clitelar
No meio de cada segmento, exceto no primeiro e último,
encontramos uma série de pequenos espinhos voltados para trás, são as cerdas,
que desempenham importante função locomotora.
Além do ânus e da boca, o corpo apresenta as seguintes
aberturas:
> Aberturas genitais masculinas - são duas, situadas logo
após p clitelo, na face ventro-lateral do segmento XVIII. Um grupo de duas a
três papilas copuladoras ou genitais que são responsáveis pela fixação dos
indivíduos no momento da cópula.
> Abertura genital feminina - é um pequeno orifício situado
na face ventral do clitelo, logo após sua margem anterior, na altura do
segmento XIV.
> Poro dorsal - é uma série de pequenas aberturas nos sulcos
intersegmentares, ligado a cavidade do corpo com o meio externo, iniciam-se nos
sulcos 10 e 11 e vão até o ultimo segmento.
> Nefrideóporos - são pequenas aberturas localizadas
lateralmente na maioria dos segmentos e que tem como função excretar.
Exemplo de Olichogaetas:
> Pheretima hawayana - minhoca comum de jardim (10 cm de
comprimento).
> Glossoscolex paulistus - minhocossu, freqüentemente
chamado de cobra (um metro de comprimento).
> Lumbricus terrestris - minhoca grande da Europa e leste da
América do norte, pode atingir 30 cm de comprimento.
ANATOMIA INTERNA:
Parede corpórea:
Constituída pelo músculo dermático. A epiderme, é recoberta
por delgada cutícula, representada por um epitélio simples cilíndrico onde
aparecem:
> Células glandulares, secretando muco;
> Células fotoreceptoras;
> Células sensoriais.
A epiderme assenta sobre a membrana basal, baixo da qual
dispõem-se uma delgada camada muscular circular e outra longitudinal, bem mais
espessa.
Sistema Digestivo:
Compreende uma boca ventral, uma cavidade bucal, faringe,
esôfago, moela, intestino, cecos intestinais e reto.
Após os cecos, a parede dorsal do intestino se invagina
formando uma prega denominada tiflossole, que tem como função aumentar a
superfície de secreção e absorção. O conteúdo intestinal consiste
essencialmente de terra e resíduos vegetais que lhes servem de alimento,
juntamente com outros pequenos organismos do solo.
Sistema Circulatório:
O sangue é contido dentro de vasos fechados, e por isso é
chamado sistema circulatório fechado. Em outros animais como insetos e
crustáceos, o sangue banha livremente os órgãos internos, sendo nesse caso o
sistema chamado: Sistema circulatório aberto.
Nas minhocas o sistema circulatório consta de :
Um vaso dorsal, no qual o sangue corre de trás para frente,
este vaso acompanha o sistema digestivo em toda a sua extensão.
Corações laterais, representados por quatro vasos
contrácteis que envolvem o esôfago e conduzem o sangue do vaso dorsal ao
ventral.
Vaso ventral, localizado abaixo do intestino, que leva o
sangue para trás e funciona como o principal canal distribuidor, suprindo de
sangue o intestino, os nefrídeos e a parede do corpo.
O sangue da minhoca é vermelho devido a presença de pigmento
conhecido como hemoglobina que ao contrário dos vertebrados acha-se dissolvido
no plasma, enquanto que as células nele existente são incolor e anucleadas.
Sistema excretor:
Em cada seguimento, exceto nos dois primeiros, encontramos
estruturas denominadas nefrídeos, que tem como função retirar metabólicos
nitrogenados do celoma e do sangue, excretando-os através do poro excretor.
Os resíduos nitrogenados são concentrados em forma de uréia
ou amônia e, eliminados para o exterior através de nefridióporos.
Sistema nervoso:
É idênticos ao dos poliquetos. Como elementos sensoriais
encontramos células sensitivas e fotoreceptoras.
Sistema reprodutor:
As minhocas são hermafroditas, isto é, apresentam órgãos
masculinos e femininos no mesmo indivíduos.
O sistema reprodutor masculino inclui: 2 pares de
testículos, 2 pares de funis espermáticos, 2 dutos diferentes, um duto
diferente ou espermioduto, um poro masculino e duas vesículas seminais.
O sistema reprodutor inclui:
> Dois ovários.
> Dois funis ovulares.
> Dois ovidutos.
> Dois pares de espermateca, onde os espermatozóides são
armazenados.
Reprodução:
O acasalamento ocorre a noite e pode durar varias horas .Os
dois vermes colocam-se ventre a ventre em posição inversa, isto é a extremidade
anterior de um, oposta a do outro. Cada um dos poros masculinos nos dois
animais eleva-se formando uma papila genital temporária muito saliente, que o
animal ajusta no orifício da espermateca do conjugante. Assim os
espermatozóides de um verme penetram diretamente na espermateca do outro.
Os ovos são postos em grupos, envolvidos por um casulo que
lembra um pequeno fuso de cor amarela. O casulo forma-se ao redor do clitelo
por secreção de suas glândulas que exposta ao ar endurece paulatinamente. No
seu interior são depositados os óvulos pelo oviduto que se abre na região do
próprio clitelo, e ao passar pelas espermatecas recebe espermatozóide que vão
fecundar os óvulos.
A medida que o verme retrai do tubo, o casulo fecha as duas
extremidades ao se libertar do corpo do verme e é depositado em terra úmida.
As minhocas tem grande importância econômica para homem. A
medida que ela cava através do solo, forma galerias na s quais maior a aeração
e drenagem . Isso permite que ocorra atividades químicas no solo em ritmo mais
que de outra forma. Além disso as minhocas comem terra que por ser muito dura
não pode ser empurrada para os lados. A medida que aterra passa pelo sistema
digestivo do verme, vários materiais são digeridos ou decompostos em forma s
mais simples. Pelas suas varias atividades no solo , a minhoca apressa a
decomposição de matéria morta, aumentando assim sua fertilidade.
Texto por: Isadora Baroni
Referencia;
Prof. Regis Romero
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