Anelídeos
Blog Formulado pelos Alunos do 4º Período de Licenciatura em Ciências Biológicas IFTM Campus Uberaba - Unidade I Trabalho de PPCC - Matéria de Zoologia dos Invertebrados II Docente: Daniela. Discentes: Alisson Rodrigures, Evilane Nunes, Isadora Baroni, Marines Cardoso, Ranielle Cristina. 2º Semestre 2014.
17 de dez. de 2014
13 de dez. de 2014
Terapia com sanguessugas
As
sanguessugas pertencem à família das minhocas (anelídeos). Existem mais de 300
tipos de sanguessugas, dos quais o Hirudomedicinalisé o mais conhecido.
Quando está faminta — isto é, quando é aplicada no doente — a sanguessuga pesa
de um a três gramas e tem de quatro a oito centímetros de comprimento. Quando
está satisfeito e repleto de sangue, o animal aumenta de quatro a cinco vezes o
seu volume. Isso é possível, porque ele armazena grande quantidade de sangue em
seu estômago, como provisão.
A sanguessuga tem um corpo chato, com um sugador em ambas as extremidades, para
se prender. Sua cor é marrom escuro, até preto, e no meio das costas tem um
risco esverdeado. Ela pode viver até 27 anos. O sangue assimilado pela
sanguessuga, liqüefeito pela Hirudina, é digerido entre 5 e 18 meses,
durante os quais ela não precisa de alimento.
Na terapia foi usada, e é utilizada ainda hoje com sucesso, para problemas do
sistema venoso, onde existe excesso de sangue, onde existe congestão no tecido
e para a rápida melhoria de um hematoma. Enquanto a terapia com sanguessugas
era muito comum, hoje infelizmente é utilizada por pouquíssimos terapeutas e
recusada por pacientes que sentem nojo.
Sanguessugas
se fixam pelas extremidades, sugam até esgotarem sua capacidade e se soltam
quando estiverem cheias de sangue.
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O
terapeuta pode colocar o animal exatamente no lugar onde deve realizar o seu
trabalho benéfico; ali a sanguessuga se prende e não muda um centímetro de
lugar, até estar gorda e cair sozinho numa vasilha.
A terapia com sanguessugas ajuda em casos de:
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Um pouco de história:
Já nos documentos antigos de medicina da Índia existem, em sânscrito, trechos
que descrevem detalhadamente a técnica do uso de sanguessugas.
Nikander de Colophon, que viveu de 200 a 130 antes de Cristo, foi o primeiro que
na medicina grega aplicava sistematicamente as sanguessugas.
Na medicina árabe, as sanguessugas aparecem regularmente como terapias.
Nos séculos 17 e 18, as sanguessugas são mencionados e usados freqüentemente. O
cirurgião de guerra, Pringle (1754), confirmou a utilidade da aplicação, de
imediato, 6 a
7 s. nas têmporas em casos de meningite e febre acompanhada de congestão e dor
de cabeça. O cirurgião mais famoso do exército prussiano recomendou, em 1776 a aplicação de 6 a 8 s. nas pálpebras, em caso
de infecção grave nos olhos.
Uma descrição detalhada e sistemática do emprego de s., baseada em ampla experiência
prática, encontramos na escola do médico alemão Hufeland (1762 – 1836). Para
ele, as s. são um meio importante de combater todas as infecções agudas nos
olhos, ouvidos, no cérebro, em casos de difteria, bem como em casos de infecção
do pulmão, do fígado, da bexiga, do baço, do estômago, do intestino, dos rins,
dos órgãos sexuais, das veias e articulações e até em casos de peritonite.
Na Rússia, Polônia, Romênia, França e o no Oriente, ainda são bastante usados,
no início do século 20, pelos práticos e na medicina popular.
O médico, Dr. Kepelner, que trabalhava nos sanatórios de Mean e Marienbad,
afirmou: “Recém-formado, trabalhei em pequenos hospitais da Polônia, onde
presenciei tantos sucessos com a s., que essa terapia para mim se tornou óbvia.
Fiquei admirado, ao trabalhar mais tarde em clínicas em Viena e Berlim, que
essas medidas e seu efeito eram completamente desconhecidos. Presenciei como
doenças — que como jovem médico via regularmente responder de forma excepcional
a essa medidas simples — resistiam, nas clínicas, muitas vezes a todas as
terapias modernas. Em minha clínica particular voltei, mais tarde, à essas
medidas antigas.”
Em sua monografia “A Terapia com S” (1935), o DrBohenberg descreve o sucesso
extraordinário em casos de tromboflebite, hemorróidas, nódulos linfáticos com
pús, inflamações das amigdalas, otite média aguda e angina. Ele também
conseguiu curar, com rapidez, grandes furúnculos e, por meio das s., além de
casos de pericardite, pneumonia, infecção da vesícula, apendicite aguda,
reumatismo e artrite.
Além disso, ele descreve casos de concussão cerebral, AVC, e , finalmente, a
melhoria em casos de esclerose múltipla, de depressão, esquizofrenia e
catatonia.
A aplicação das s. descrita pelo Dr. Bohenberg
A farmácia fornece, na Alemanha, as s. em um pequeno recipiente de gargalo
amplo, com água fresca não clorada. Antes da aplicação, a água é trocada, o que
torna as s. mais vivas. O local da aplicação é limpo com água e sabão, sendo
contra-indicada a desinfecção com álcool, éter ou sabonete perfumado, pois
nesse caso a s. não pega. É possível aplicar cada s. individualmente no local
desejado, por meio de um copo de licor.
Quando a s. pegou, deixamos sugar até estar cheia e cair por si só. Desta
forma, aumenta 4 a
5 vezes o seu volume, no decorrer de meia a uma hora. Para retirar a s. antes
de ela cair, cobrimos com um pouco de sal. A s. suga aproximadamente 5 a 8 g de sangue. Somando o volume
de sangue que escorre após a caída da s., obtemos, para cada s., segundo o
local do corpo, o triplo de sangue.
Não é aconselhável reutilizar a sanguessuga!
Muito importante para o efeito curativo é o sangramento da ferida após a queda
da s. Segundo o estado do paciente, podemos deixar o sangramento continuar
durante 4 a
12 hs (eventualmente ainda mais).
O ideal é colocar as ss. de manhã cedo e ficar controlando o paciente durante o
dia, até mais tarde à noite — para evitar eventual colapso em pessoa muito
fraca.
Cobrimos a mordida com algodão, que trocamos com freqüência.
A quantidade de ss varia de 1 a
20, segundo a doença, a localização, idade e o estado do doente.
Sanguessugas criados devem ser mantidos em aquários apropriados. Cuide para evitar a incidência de raios solares. |
Contraindicações
Com toda razão, o Dr. Bohenberg desaconselha a aplicação de SS quando o doente
é hemofílico, anêmico ou raquítico. Também aconselha muito cuidado quando o
doente toma medicamentos que contenham mercúrio. Também quando existem gangrena
do diabético e precárias condições de cicatrização, a aplicação da ss. é
problemática.
Tirando a
dor: um remédio antigo com nova aplicação
Há 10 anos, muitos médicos carregavam ss.em suas maletas. As ss. eram muito
valiosas para controlar coágulos de sangue, porque a sua saliva contém um
anticoagulante.
Hoje, normalmente, se usam medicamentos anticoagulantes, embora as vezes as ss.
ainda sejam aplicadas em casos de coagulação pós-operatória. A saliva das ss.
contém ainda outra substância que capacita o animal a extrair o máximo de
sangue de seu hospedeiro — isto é, um anestésico.
Um grupo de cientistas na Universidade de Duisburg – Essen, na Alemanha, fez
uma pesquisa para verificar se esse fator pode ajudar a aliviar a dor nas
articulações afetadas por artrite. Escolheram 51 pessoas sofrendo de
osteo-artrite do joelho. A metade dessas pessoas recebeu, duas vezes ao dia, o
medicamento diclorofeno, aplicado no joelho. Os demais foram tratados com ss.,
aplicando quatro a seis ss. ao joelho, até se soltarem satisfeitas, após cerca
de uma hora.
A terapia com ss. obteve resultado bem melhor e trouxe benefícios mais
prolongados, ao reduzir a rigidez e melhorar a função da articulação. Isso
ocorre provavelmente porque a saliva da s. — além de mitigar a dor — atua como
agente antinflamatório.
Também existem documentos que descrevem a aplicação de ss. em casos de derrame
(AVC). Nestes casos, ocorre um inchaço na caixa craniana que responde à s.
devido ao seu efeito descongestionante. Tanto em casos de isquemia, como para
pacientes com distúrbios do movimento e de fala, durante meses, a terapia com
ss. provocou melhoria admirável.
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Fontes: “Blutegel-Therapie — Den
Körperentgiften” de Peter Pukownik, 1998
“Technik der Konstituitioustherapie” de Bernard Aschner, 1995
“The Economist”,
novembro 15, 2003
Por: Alison Rodrigues
7 de dez. de 2014
Exercícios
Características Gerias dos Anelídeos.
Estas perguntas tem por objetivo auxiliar no aprendizado do conteúdo relacionado ao tema Características Gerias dos Anelídeos.
1- Qual a principal características do Filo dos Anelídeos?
2- Como é chamada a respiração das minhocas?
3- Encontramos na superfície externa de algumas espécies, na cutícula epidérmica, existem pequenos pelos (cerdas) que dão sustentação durante a locomoção?
4- A reprodução é............. sendo algumas espécies monóicas com fecundação cruzada (minhocas).
5- Como é conhecido as fezes das minhocas comercialmente?
6- Como chama-se a região mais espessa dos oligoquetas onde o casulo de muco é produzido?
7- Qual a classe dos Anelídeos que possuem animais com gêneros separados?
8- Qual a a classe dos Anelídeos que possuem ventosas no corpo?
9- Como são chamadas as projeções finas e cheias de sangue, responsáveis pela respiração dos poliquetas?
10- As minhocas possuem os dois gêneros num único indivíduo, são chamadas de ..............
Banco de Respostas:
1. anelado, 2. cutânea, 3. cerdas, 4. sexuada, 5. húmus, 6. clitelo, 7. poliquetas, 8. hirudíneos, 9. brânquias, 10. hermafroditas
Por Evilane Nunes
Referências:
www.imagem.eti.br/palavras-cruzadas/palavras-cruzadas-anelideos-educa...
Curiosidades sobre Anelídeos
- Existem anelídeos de diversos tamanhos, variando entre 1 milímetro e 3 metros de comprimento.
- A palavra anelídeo deriva do latim, onde annellus significa anel.
- A minhoca, um dos anelídeos mais conhecidos, é um animal hermafrodita (possui órgãos masculino e feminino no corpo).
Anelídeos:
As minhocas são excelentes bioindicadores da qualidade do solo. Como elas se alimentam de organismos presentes na terra podem ser usadas pra medir os níveis de poluição do solo causados por inseticidas.
Os anelídeos da classe poliquetos são, muitas vezes, canibais.
As sanguessugas produzem uma substância chamada hirudina, que impede a coagulação do sangue e faz também com que a presa não sinta dor quando é atacada por esse animal.
As sanguessugas pode também ser usadas para tratamento medicinal devido à essa substância.
O habitat dos anelídeos pode ser desde mares e oceanos quanto água doce e terra úmida.
Os anelídeos respiram pela pele (respiração cutânea).
Curiosidades por: Evilane Nunes
Fontes:
http://www.prilabsa.com/portugues/images/productos/LARVAS-poliquetos-m.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/21/Nereis.gif
http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/wp-content/uploads/2013/07/minhoca120703.jpg
http://www.mdig.com.br/imagens/bichos/sanguessuga_01.jpg
http://diariodebiologia.com/files/2011/04/pijawki02.jpg
http://farmavett.blogspot.com.br/2011/01/para-que-servem-os-sanguessugas.html
Testando Os Conhecimentos...
1) Sobre as minhocas,
marque a alternativa correta:
a) Apresentam reprodução
assexuada e são animais monóicos, com fecundação externa e desenvolvimento
indireto;
b) Apresentam reprodução
sexuada e são animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento direto;
c) Apresentam reprodução
sexuada e são animais monóicos, com fecundação cruzada e desenvolvimento
indireto;
d) Apresentam reprodução sexuada
e são animais monóicos, com fecundação externa e desenvolvimento direto;
e) Apresentam reprodução sexuada e são
animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto.
2) A excreção das minhocas e dos outros anelídeos é
realizada por um par de órgãos chamados de:
a) Metanefrídios;
b) Nefridióporos;
c) Prostômio;
d) Tiflossole;
e) Clitelo.
3) Marque a alternativa incorreta:
a) Os animais da classe
Poliqueta possuem o corpo repleto de cerdas implantadas em estruturas chamadas
de parapódios;
b) Os animais pertencentes à
classe Hirundínea não têm cerdas nem parapódios, e o seu corpo é ligeiramente
achatado dorsoventralmente;
c) Os anelídeos possuem
digestão extracelular e tubo digestório completo;
d) As minhocas armazenam os
alimentos em seu estômago, para depois triturá-los na moela;
e) O sistema nervoso dos anelídeos é
constituído por um par de gânglios cerebrais, localizados dorsalmente sobre a
faringe; e por dois cordões nervosos ventrais, com um par de gânglios por
metâmero.
Respostas
Questão 4 - Letra D
Todos os animais pertencentes ao filo Annelida apresentam
reprodução sexuada. Nesse caso, as minhocas (classe Oligocheta) e sanguessugas
(classe Hirundínea) são animais monóicos, com fecundação externa e
desenvolvimento direto.
Questão 5 - Letra A
a) Certa. A excreção das
minhocas e dos outros anelídeos é realizada por um par de metanefrídios. Existe
um par de metanefrídios em cada segmento corporal dos anelídeos.
b) Errada. Os nefridióporos
são órgãos que eliminam as excreções recolhidas pelos metanefrídios.
c) Errada. O prostômio é uma projeção
musculosa equivalente a um lábio, que o animal utiliza para cavar.
d) Errada. A tiflossole é uma
prega longitudinal encontrada na parte superior do intestino, que aumenta a
superfície de absorção do alimento.
e) Errada. O clitelo é uma estrutura
formada pelo tegumento de alguns segmentos e tem função importante na formação
do casulo, dentro do qual ocorre a fecundação dos óvulos.
Questão 6 - Letra D
A alternativa D está errada porque as minhocas armazenam os
alimentos no papo, para depois encaminhá-los à moela, onde serão triturados.
Exercícios por: Evilane Nunes
Referência: brasilescola.com
Vamos Revisar Cantando?
Paródia
Hoje eu preciso estudar um anelídeo
Nem que seja só aquela oligoqueta
Com poucas cerdas e tal
Olhar no interior do sangue e ver hemoglobina
Mas não tem nenhuma hemácia ali, sem hemácia
ali.
Ver a poliqueta se arrastar, utilizando seus
parapódios
Tem também as suas brânquias para respirar.
Hoje eu preciso ver aquela sanguessuga
Liberando anestésico que é a sua hirundina,
não coagula.
Perceber que anelídeo é um animal que tem
metameria
Artrópodes, cordados sempre. Sempre.
Hoje preciso de você pra fertilizar óvulo em
casulo.
Hoje, tem oligoqueta, hermafrodita sim.
Clitelo.
Paródia por: Evilane Nunes
Referência:
https://ptbr.facebook.com/biopapo
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